Ao sair do mar, observo as ondas, olho para o céu, respiro fundo… “Nossa, não preciso de mais nada….sou pleno….”? Quem nunca sentiu isso?
Surfar, muito mais que um esporte é uma opção de vida. O surfista de coração é aquele que troca qualquer coisa por uma boa caída pela manhã. Esteja chovendo, com sol, altas ondas ou apenas umas marolinhas pra dar uma remada.
O que nos move para dentro do oceano é essa reconexão que o surf proporciona, de nos relembrar que somos plenos, independente da situação de vida que estamos passando.
O que um dia de surf não cura? Essa frase virou até uma jargão para a tribo dos surfistas. A questão é que a vontade de surfar mais e mais está associada ao resgate desse estado e também, é claro, da busca pela onda perfeita.
Para o Yoga isso chama-se Samadhi, iluminação. Se você é surfista, já pode dizer que é um iluminado. Assim como o surf, essa prática milenar, tem o propósito de nos mostrar através de suas técnicas que somos essa plenitude sempre.
O objetivo da prática é o reconhecimento da nossa essência como paz e consciência e os benefícios secundários são muitos, como alinhamento, postura, tônus muscular, diminuição da ansiedade, melhora da capacidade cardio-pulmonar, controle da respiração, entre outros.
Esses talvez, sejam até mais conhecidos do que a real proposta. Iluminação, aqui é no sentido de trazer conhecimento e auto-conhecimento, de trazer clareza mental.
Surfe e Yoga são atividades, filosofias e até opções de vida que podem ser praticadas superficial ou profundamente. Para os antigos polinésios, o surf era um ritual espiritual e sagrado. Para o Yoga ancestral e atual, a intensão é a busca de quem nós somos verdadeiramente. Ambos têm sofrido mudanças ao longo do tempo, mas ainda conservam suas raizes de prática espiritual até hoje.
Entregar-se ao desconhecido, entregar-se àquilo que é maior do que nós, faz dessas atividades uma verdadeira prática de conexão…
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